Nessa semana, a revista Veja publicou uma matéria especial sobre “Vida depois da Vida.” De acordo com a publicação, uma pesquisa realizada em 23 países, identificou que 51% das pessoas acreditam em algum tipo de vida após a morte, inferno, paraíso ou reencarnação. No Brasil, esse percentual sobe para 72%. Jan N. Bremmer, escritor holandês, afirma que o Ocidente vive uma fascinação com a vida depois da morte como não se via desde o auge do espiritismo, entre 1850 e 1870.
A matéria menciona que os estímulos para a crença na imortalidade da alma variam bastante. Os terroristas, por exemplo, acreditam que suas ações extremistas os levarão ao paraíso, na companhia de 72 virgens. Os atentados, como o de 11 de setembro, modificaram a visão materialista dos americanos e recolocaram a religião no centro das discussões. Outro fator estimulante é a proliferação das pesquisas, que traz informações inovadoras como a de que temos uma predisposição genética para a espiritualidade. E que essa mesma espiritualidade nos dotou de um otimismo inato que nos ajuda até mesmo na procriação da espécie.
Dentre outros detalhes de experiências de quase morte que culminaram em estudos e pesquisas apuradas sobre o assunto, a matéria menciona uma frase incrível, que retrata o tamanho da nossa responsabilidade: “Somos a única espécie com consciência da própria existência, mas o preço que pagamos por essa dádiva é a ansiedade de nos sabermos mortais”.
De todas as informações interessantes, que estão diretamente ligadas ao espiritismo, acredito que a mais relevante de todas é a tomada de consciência da existência de uma vida maior e de um propósito para nossas experiências terrenas. É a espiritualização de nossas condutas, pensamentos e sentimentos que, de acordo com a matéria, tem se expandido cada vez mais. A crença na vida após a morte e na reencarnação nos faz pessoas mais prudentes e responsáveis com nossas condutas e escolhas no presente. E mais do que isso, tira de Deus ou de qualquer outro ser a responsabilidade pela nossa felicidade ou fracasso. Quando assumimos a consciência da vida presente e futura, desenvolvemos o senso de propriedade sobre nossos atos e sobre a nossa vida. Nos libertamos de todas as muletas, de tudo o que nos paralisa e principalmente, de tudo o que nos pune. Não há ninguém para nos punir, julgar ou vigiar. Apenas a força do nosso interior.
Tenho conversado com muitas pessoas sobre a divulgação do bem e a proliferação do mal, em virtude da timidez da bondade. Por isso, resolvi compartilhar esse texto, para que juntos pudéssemos refletir sobre boas notícias, sobre o crescimento da idéia de espiritualidade e da responsabilidade entre nós. Encerro esse post com a frase de autoria de Joana de Angelis: “Nunca houve tanto amor na Terra”.